domingo, 27 de novembro de 2016
Quem diria
Quem diria, um dia, seríamos inimigos...
daquele monstro amor,
de todo aquele carinho
nos tornaríamos estranhos
mais do que isso,
desafetos
desgostosos um do outro
prefiro não pensar em ódio,
apenas o frio das manhãs geladas
dos nossos corações vazios
varrendo o lixo das ruas molhadas
apenas fico sem entender
como o sol deixa de nascer
onde brilhou tão forte
como o céu escurece
onde tanto azul desenhou
quem diria, seria coisa assim
tão vil
eu e você como presos
de celas vizinhas
que se comunicam apenas
aos gritos
estranhos que estiveram
colados ao corpo um do outro
hoje doença que se evita
ontem, porto seguro e magia
hoje, divergência doentia
por alguns trocados
trocamos nossas preferências
e de todas as doenças
a mais grave é o amor.
o amor que se engana
o amor que se ufana
de se pensar amor.
ou aquilo que se acreditou ser
antes que fosse,
durante anos
alimentando tropeços como vitórias
e sonhos mal dormidos
hoje somos aflitos
e pacientes de tudo
que foi mal feito
mal dito
passos tortos
fotos rasgadas
e mortas histórias
Quem diria, um dia, seríamos inimigos...
daquele monstro amor,
de todo aquele carinho
nos tornaríamos estranhos
mais do que isso,
desafetos
desgostosos um do outro
prefiro não pensar em ódio,
apenas o frio das manhãs geladas
dos nossos corações vazios
varrendo o lixo das ruas molhadas
apenas fico sem entender
como o sol deixa de nascer
onde brilhou tão forte
como o céu escurece
onde tanto azul desenhou
quem diria, seria coisa assim
tão vil
eu e você como presos
de celas vizinhas
que se comunicam apenas
aos gritos
estranhos que estiveram
colados ao corpo um do outro
hoje doença que se evita
ontem, porto seguro e magia
hoje, divergência doentia
por alguns trocados
trocamos nossas preferências
e de todas as doenças
a mais grave é o amor.
o amor que se engana
o amor que se ufana
de se pensar amor.
ou aquilo que se acreditou ser
antes que fosse,
durante anos
alimentando tropeços como vitórias
e sonhos mal dormidos
hoje somos aflitos
e pacientes de tudo
que foi mal feito
mal dito
passos tortos
fotos rasgadas
e mortas histórias
Brujas
Hay algo extraño en el aire...
sigo firme na rotina
porque não creio em bruxas
ah ah ah
apenas espreito uma fresta
na janela que me espia
e há tanto tempo pela frente
que não vejo nada mais
a não ser as dores
e os ventos que me varrem
para outros lugares
há dores, sim,
mas o que fazer?
se não há nada mais no ar
apenas miro, fito,
de canto de olho.
de olho no vento
e no meu intento
de seguir.
Hay algo extraño en el aire...
sigo firme na rotina
porque não creio em bruxas
ah ah ah
apenas espreito uma fresta
na janela que me espia
e há tanto tempo pela frente
que não vejo nada mais
a não ser as dores
e os ventos que me varrem
para outros lugares
há dores, sim,
mas o que fazer?
se não há nada mais no ar
apenas miro, fito,
de canto de olho.
de olho no vento
e no meu intento
de seguir.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
faro
novamente estou diante
do que espero
faro que manejo
enquanto navego
opero a rota
do destino ao contrário
ao encontro do momento
certo de ficar
imune
tempo aberto
a contar sem
a pressa de chegar
do que espero
faro que manejo
enquanto navego
opero a rota
do destino ao contrário
ao encontro do momento
certo de ficar
imune
tempo aberto
a contar sem
a pressa de chegar
domingo, 12 de agosto de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
danação
não há razão
para acreditar
na boa intenção
chamada governar
eles só envergonham
o que já houve de bom
culpados que são
do rio que secou
da madeira que veio ao chão
pra cobrir o piso das casas
do minério retirado
do ouro saqueado
almas na gôndola do mercado
do "por fora", a comissão criminosa
que nos fazem pagar
da favela, palafita, canoa no mar
da falta de esgoto
das coisas que se comete
nos sertões desse país
ou por telefone em brasília
a ganância fervilha
nos bolsos públicos e privados
mas todos só se preocupam
com a guerra de travesseiros
com o que vai "bombar"
duros na queda, grandes irmãos
o herói fanfarrão
anuncia a beyoncé
o mma, o ufc
a danação pra você
quem podia gritar
enganou-se na urna
esperando mudar
sábado, 24 de março de 2012
novas canções de um velho outono
A nudez da árvore
a fragilidade do galho
um pássaro canta
para o sol da próxima estação
choverá? ou a seca se aproxima?
outono, outro ano, tudo igual
o tempo se debruça
sobre nós
faremos mal
cantaremos novas canções
mas os pássaros não escutarão
é outono, prévia de um inverno que virá
nos perderemos em tantas explicações
e os dias passarão
novas tardes
frias manhãs
e a névoa sobre os lagos
a grama molhada não sabe dos passos
outono encerra o verão
mas os pássaros não nos escutarão
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